Nas pernas nascerão novas penas
Quando líquidos claros que escorrem
Em direção aos doídos dedos, acabarem
O gavião Carcará me olha atento
Fazendo sombra sobre as páginas
Escritas por João
Pássaros enlouquecidos pressentem a morte
Enquanto a televisão não da trégua
Para minhas costas sinuosas
Olho para ave
Faço sons de desenho animado
Ela movimenta suas asas em direção as torres
Observa-me a distancia
Deixando felicidades invadirem
Todas as árvores ao meu redor
Na luz frágil da tarde
Adormeço no azul acinzentado
Da paisagem imaginária
Fernando Fiuza - 11/07/2007